AMIGÃO!
Quando eu nasci, você criou versos que ficaram plantados em mim. Você ficou tão emocionado que me deu até o seu nome e a sua fisionomia.
Você me ensinou muitas coisas: nadar, furar onda, pegar jacaré e mergulhar de cabeça, futebol, jogo de botão, fazer pipa e avião, totó, sinuca, frescobol, bicicleta, adorar camarão, contar piada e histórias, dirigir carro, andar na perna de pau que você mesmo fez, boas músicas e leituras.
Eu só dormia após ouvir um caso seu.
Se hoje sou surfista, executivo e poeta é porque, na minha infância, você sempre estava lá.
E quando não estava, era porque viajava a trabalho para ganhar um extra e nos proporcionar o melhor colégio, curso de inglês, violão, judô, clube, escoteiro, casa de praia, bons livros e brinquedos. E me trazia camisas e presentes das viagens.
Na Argentina, conseguiu que eu fizesse prova no River Plate, vibrou quando eu fui aprovado, e comemorou comigo debaixo do chuveiro porque não agüentou esperar que eu saísse do banho.
Torceu por mim, na arquibancada, debaixo de chuva, quando eu era reserva. Talvez por isso, justo nesse dia, eu entrei no 2º tempo e fiz um gol. Aquele gol não foi pro River, nem pra torcida, nem pra mim. Aquele gol foi pra você pai, porque você estava lá.
Você se superou nas suas dificuldades. Vou levar este exemplo para sempre. Aprendi até com seus erros, e você me poupou muitas dores.
Você me deu o meu 1º violão, meu 1º mariski, meu 1º computador, meu 1º cachorro, meu 1º carro, meu 1º passeio na neve e no exterior, as 1ªs dicas sobre as mulheres e as 1ªs lições de ética, de cuidado com o próximo e com a família.
Por isso também você será sempre o meu 1º AMIGÃO.
Quando eu comecei a trabalhar no Rio e tinha pouco tempo pra resolver as coisas em Niterói, eu contava com você quando precisava, porque você estava lá. E conto até hoje.
Seu conto “O Asa Negra” é de um humor genial e, hoje, você – “O Asa” está alçando vôos mais altos.
Hoje você vai lançar o seu 1º livro junto a seus amigos, e uma coisa é certa: EU ESTAREI LÁ!!!!!
Porque no livro da história da minha vida, você sempre estará aqui e ali, dentro e fora de mim, das minhas melhores lembranças.
Hoje, sou eu quem vai torcer por você, e vibrarei com seu gol literário que entrará para a eternidade.
Mas você não é autor apenas deste livro: você é autor de 2 filhos e de uma família que está contribuindo para um mundo melhor.
Você é o autor de uma biografia que vale à pena ser contada e vivida, e cujo título pode ser ‘O aPAIxonado’ ou “PAIxão”!
Você priorizou ser bom pai, bom filho e bom marido. Agora está colhendo os frutos. Eu te amo, Pai.
Sou grato e me orgulho de ser seu xará. Porque eu tenho o nome de um pai, que sempre esteve lá.
Que Deus continue te abençoando.
Um ‘bacio’ (palavra carinhosa, em italiano, que você me ensinou que significa 'beijo' e com a qual sempre nos despedíamos),